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Rio Grande do Norte
.“O chamado staff científico é composto por estudiosos de várias áreas, especialmente teóricos do teatro e antropólogos, ligados a universidade e centros de pesquisa. Podem participar das aulas práticas e atuam como dinamizadores nos chamados Gardens – grupos de trabalho em que se discutem temas ligados a antropologia teatral, os Gardens se destinavam instituir ao ar livre: A terceira parte da manhã destina-se ao trabalho com os grupos temáticos, designados Um Jardim de Luz e Sombras – a técnica das oposições, ou, mais simplesmente, Gardens (Jardins), como o chamávamos”... (MARIZ, 2008, p. 21. A ostra e a pérola)

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

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A DOENÇA E O CAOS COMO PRINCÍPIOS DE REORGANICIDADE E SAÚDE
DEPARTAMENTO DE ARTES DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIOGRANDE DO NORTE SE QUESTIONA/ 13 de Novembro de 2013

            Começo a falar do momento em que estamos vivendo no nosso departamento, fazendo uma analogia ao nosso planeta, pois acredito que é mais fácil compreender o “microscópico”, observando o que já é visível aos nossos sentidos.
            Estamos cansados de saber que o humano tem desgastado atrozmente a terra com queimadas, retiradas de petróleo, emissão de gases tóxicos, produção de toneladas e toneladas de lixo todas as horas, com buracos imensos nos solos de nossos mares, com a construção de milhares de prédios, dentre tantas outras ações de ruptura com a totalidade do seu funcionamento natural.
            Em resposta a essas ações humanas, o planeta começa a agir em busca de sua reorganicidade. E a forma visível aos nossos olhos desse momento de mudança e transformação é a da doença e do caos. O planeta para muitos se encontra doente e caótico.
No entanto, a doença não passa de uma das formas da saúde de avisar a todos de que algo não está bem, de que algo está rompendo com o fluxo natural das coisas, já há bastante tempo.
O caos é uma das partes naturais do ciclo do movimento transgressor e transformador.
E apenas são instaurados (doença e caos) no ápice do “desconforto” (mesmo que para muitos esse desconforto não seja percebido). Quando já não se tem mais outra saída senão mudar de atitude.
  Sabemos que a arte se encontra em mais um momento de crise (caos), em um momento de transgressão e transformação.
Há alguns milhares de anos que nós, artistas, somos postos à margem da sociedade e nossa arte considerada desnecessária e marginal.
É só lembrarmos das aulas de artes que tivemos no  ensino fundamental e médio, para percebemos o quanto é posta de escanteio e como essa ideia é repassada ano a ano, geração a geração, quando hoje em dia, vamos nós dar aulas nesse mesmo sistema de ensino e somos reprimidos diariamente.
Devemos lembrar o quão poderosa é essa mesma arte. Que faz questionar e que causa tão poderosas sensações e emoções, levando a mudança de pensamento e ação.
Somos o departamento de Artes! E somos nós que devemos pensar e questionar o futuro deste lugar, e mais, da arte em nossa cidade, estado, país, enfim, do mundo! Não existem outras pessoas para pensar nessas questões, senão nós mesmos.
O nosso departamento está doente e caótico, por que está em transformação. Talvez se não estivesse “feio” (como para muitos está) e se as coisas “pichadas” em suas paredes fossem coloridas, belas e didáticas, iriam causar satisfação a grande maioria. O que não é, nem de longe, a intenção.
Finalmente todos estão insatisfeitos!
Finalmente chegou o momento áureo de nos unirmos para pensar o que realmente queremos para o nosso futuro!
Precisamos conversar, nos afinar, nos sintonizar (nós, todos os alunos, com aqueles que burocraticamente nos representam) e é justamento isso que começamos a fazer.
Estou muito feliz em viver num momento de tamanha transformação! De fazer parte deste grupo que clama por mudança! Desse grupo que procura olhar lá na frente para as próximas pessoas que entrarão neste lugar para estudar artes! . . .
Enfrentemos a doença e o caos, e vamos à busca de cura! E que venham novos, e transformadores, ciclos! . . .


Ananda Krishna Bezerra de Moura

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